sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

O DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO E A CONSTRUÇÃO DA PAZ




                                                    Emerli Schlögl

Dialogar significa ser capaz de dizer o seu pensamento e ouvir o pensamento do outro, não apenas ouvir, mas reconhecer o direito que o outro tem de pensar diferente. Após um momento de diálogo as pessoas não precisam sair todas pensando igual, o que é fundamental é que elas compreendam os próprios pensamentos e da mesma forma compreendam e acolham os pensamentos dos outros. A partir daí, podem se estabelecer formas de estar junto, formas de cooperação em que todos contribuam sem se sentirem obrigados a mudar de opinião. Aquele que desejar ampliar e flexibilizar a sua forma de pensar é livre para fazê-lo, mas aquele que não se sentir impelido a mudar ou assimilar novas formas deve ser respeitado em seu direito de ser aquilo que é, de acreditar naquilo que quiser. Em se tratando de religiões isto é muito importante, pessoas de diferentes tradições religiosas acreditam, ritualizam, enfim, vivenciam religião de maneiras diferenciadas. 
-Como podem estas pessoas conversar, dialogar de maneira a construir a possibilidade de um mundo pacífico? 
-O que significa para você construir a paz? 
O que você pensa sobre isto? 
-Escreva seu pensamento e compartilhe-o com os colegas.
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Certas pessoas se sentem donas absolutas da verdade, por isso, tentam de todos os modos mudar o pensamento dos outros. Foi o que aconteceu com os portugueses que trouxeram para o Brasil a sua religião e obrigavam os índios e negros a deixarem suas crenças. Com este comportamento, aconteceu e ainda acontece, uma grande desvalorização do outro. O desrespeito pela liberdade individual deixa marcas profundas de amargura nos povos dominados. Isto acontece com todos nós quando não somos ouvidos e respeitados em nossa forma de viver. Se formos obrigados a mudar, a adotar um estilo de vida que não nos agrada, sentimos profunda revolta e tentamos resistir. O mundo não precisa de mais católicos, mais budistas, mais espíritas, evangélicos, umbandistas, etc. O mundo precisa sim, de católicos, evangélicos, budistas, espíritas... Que vivam de fato as suas crenças religiosas, e que possam compartilhar este mundo com pessoas de outros credos, respeitando-se profundamente e trabalhando juntas para o bem estar de todos. Outras questões para você refletir e depois registrar nas linhas abaixo a sua opinião: 
-Seus amigos são diferentes de você? 
-Seguem religiões ou igrejas diferentes, gostam de coisas diferentes? 
-Eles respeitam a sua maneira de ser? 
-Você gosta deles, do jeito como eles são?
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-Você está aberto para dialogar com os outros? 
-Está em harmonia com seu estudo, sua família, seu corpo, seus colegas? 
-Por quê?
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