domingo, 22 de março de 2020

COMO TRABALHAR A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO RELIGIOSO NA SALA DE AULA?



FONAPER

    A escola é a instituição criada para a transmissão do saber considerado socialmente útil e historicamente produzido e acumulado. Não basta à escola assegurar a socialização do conhecimento, mas ela própria deve incentivar a criação- recriação do saber.
     "Este saber como todo conhecimento humano é sempre  patrimônio da humanidade e como tal está disponível a  todos que a eles queiram ter acesso; não poderia ser diferente, com o conhecimento religioso, que também deve estar da mesma forma disponível." (cf. PCNER p. 21).
    A construção do conhecimento religioso se faz a partir do fenômeno religioso, [...]. A sua compreensão num primeiro momento é dada em forma de respostas e interpretações codificadas pelo ser humano, através das Culturas e Tradições Religiosas, Textos Sagrados, Teologias, Ritos e Ethos.
    Na escola o estudo do fenômeno religioso perpassa, não pelo conhecimento da codificação (conhecimento como produto através de doutrinas, leis, ensinamentos, ritos, história, etc. de cada Tradição Religiosa), mas pela metodologia da decodificação (interpretar, analisar, entender como  por que, para que), em que se deu esta codificação!
    No cotidiano da sala de aula, você entra em contato com essas realidades na convivência com os alunos. Eles vêm "carregados" dessas experiências, com respostas diferenciadas para cada uma dessas situações, conforme o seu grupo social, sua cultura e sua Tradição Religiosa. Além do mais, esse conhecimento é partilhado entre os colegas, de forma espontânea,  assistemática, desarticulada.
    "À escola, com o Ensino Religioso, cabe decodificar este fenômeno religioso, estudando-o à luz da razão humana, analisando questões como: função e valores da Tradição Religiosa, relação entre tradição religiosa e ética, teodicéia, tradição religiosa natural e revelada, existência e destino do ser humano nas diferentes culturas."
(PCNER. p.33).










sexta-feira, 13 de março de 2020

EDUCAÇÃO INFANTIL: CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS DA BNCC- TRAÇOS, SONS CORES E FORMAS / ENSINO RELIGIOSO






De acordo com  a autora Carniato: "A criança da Pré- Escola é capaz de planejar ações e prever conseqüências. O pensamento é flexível e apto a compreender a diversidade. Ela escuta e aceita a opinião do colega, mesmo se for diferente da sua". 

Nesse caso temos: O educador Dr. Geraldo Peçanha de Almeida, psicanalista e escritor. Estudioso da BNCC na Educação Infantil. Ele apresenta a BNCC em todas as suas fases. 
Como  a nossa fase na escola é a faixa etária de 4 a 5 anos, partiremos deste ponto. Tudo o que se passa nesse vídeo ´refere-se ao 4º  campo de experiências  a vivências das formas, nos diferentes traços, sons e cores. Segundo esse autor, “as crianças exploram essas formas na arquitetura, nas danças, no teatro, na natureza. Elas observam, percebem e passam à compreensão do mundo. 

youtube

Lembrando que isso acontece diante das orientações do docente responsável pela turma. Por que isso? Para desenvolver a sua socialização de aprender a escutar; ouvir o outro/a; respeitando cada um na sua fala até chegar a sua vez, de falar levantando a mão.  Nesse ponto o diálogo é muito importante, pois ajuda muito a criança a fazer serenamente a passagem do egocentrismo da 1ª infância para a relação, que requer dela o desenvolvimento de outras possibilidades, além das aptidões físicas, intelectuais, culturais religiosas e emocionais.

A curiosidade desperta na criança desafios de: comparar; elaborar perguntas; gosta de entrevistar; quer desvendar os mistérios que a cerca, saber por quê? Por quê... Tudo isso se relaciona ao seu desenvolvimento global.

1-Uma dica de atividades para o educador:
Aproveitar esses questionamentos para elaborar a diversidade de atividades relacionada à:
Músicas infantis; fantoches; teatro; pintura e desenhos; dramatização, colagem em mosaicos, pequenos vídeos de desenhos animados, sobre a criação; a natureza e a diferenças, entre outras.


(Oleniki/Daldegan 2004 p. 60) afirmam: “No ER, o brincar, o lúdico, é uma ferramenta que contribui, para envolver o educando e sua cultura religiosa”.




SALA DE AULA: UM ESPAÇO SURPREENDENTE


Texto retirado do módulo  12 do  FONAPER.
A relação do professor  x aluno em sala de aula 


Para nossa reflexão:

Ensino Religioso... 5° ano
Thiago, (nome fictício), 12 anos, repetente;

  • Indisciplinado;
  • Perambula pela sala todo o tempo;
  • Provoca os colegas;
  • Irrita os professores;
  • É disperso, desconcentrado;
  • Não está aí para nenhuma disciplina, para nenhum professor.

A professora de Ensino Religioso se aproxima, senta-se ao lado.
-Olhe para mim, Thiago! (Olhar furtivo, desconfiado)
Quero conversar com você.
-Quantos anos você tem?
-12.
-Com quem você mora?
-Com minha avó.
-Onde está a sua mãe?
-Morreu.
-Quando?
-Vai fazer um ano em julho (era maio).
-Que pena, eu também perdi minha mãe e meu marido, Thiago.
-Onde está seu pai?
-Não mora comigo, mas nos visita de vez em quando.
- Você tem irmãos?
-Tenho três: eu sou o mais velho.
-Quantos anos tem o mais novo?
-Quatro anos. É minha irmãzinha.
-Você ajuda sua avó Thiago?
-Ajudo: lavo roupa, limpo a casa e ajudo a cuidar dos meus irmãos.
Enquanto a professora falava com o Thiago, a sala de aula silenciou.
Agora Thiago olha a professora não só como alguém que sabe mais do que ele, mas como alguém que conhece o sofrimento e a perda tanto quanto ele. Se o saber os coloca em patamares diferentes, a vida os coloca em patamares iguais. Essa interação interação professor-aluno diminuiu a distância e tornou Thiago mais receptivo à aprendizagem, mais atento, mais dócil...

É preciso  muitas vezes "perder tempo" na escuta, no diálogo, na atenção para a alteridade.

Perguntando:
E você professor, o que faria numa situação parecida com esta? 
Como você agiria?

Dê sua sugestão...

Referência
Módulo  12 do  FONAPER. KIT Capacitação para um novo Milênio. Ensino Religioso. 2000



terça-feira, 3 de março de 2020

DINÂMICA: A BELEZA DAS FLORES


Autor ignorado







Imagem do Google - sala de aula

A professora chega na classe com um ramalhete de flores diversificadas e alegremente fala: "Hoje trouxe flores para cada um de vocês!
Mas por que será?
Vamos, antes, conversar sobre a beleza que cada uma destas flores possui.
João, que beleza você vê na margarida?
E você, Gisele, fale-nos o que há de bonito na camélia..."
Após toda exploração, a docente distribui as flores no meio do círculo de crianças e fala: "As flores são como as pessoas.
Uma é diferente da outra. Existe a flor vermelha, a branca, a flor comprida, a baixa...mas todas são flores e possuem a sua beleza.
Existe a pessoa gorda, magra, alta, baixa...mas todas são pessoas e possuem a sua beleza."
Nesse momento a professora pode refletir alguns valores como: respeito, a amizade e compreensão e solicitar, então, que cada aluno escolha uma das flores para levar para casa como marco dessa reflexão.

Atividades:

- Essa é uma das muitas vivências que se pode fazer com os pais numa reunião ou explicar para a mãe, citada no exemplo acima, que essa será a estratégia utilizada pela professora.

- Pode ser aplicada em sala de aula na temática sobre a diversidade de um modo geral nas aulas de Ensino Religioso...Trabalhando com gravuras e vídeos.

- Em sala de aula trabalhar com vídeos sobre a diversidade cultural religiosa, entre outros.




http://pedagogiccos.blogspot.com.br


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