sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

O DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO E A CONSTRUÇÃO DA PAZ




                                                    Emerli Schlögl

Dialogar significa ser capaz de dizer o seu pensamento e ouvir o pensamento do outro, não apenas ouvir, mas reconhecer o direito que o outro tem de pensar diferente. Após um momento de diálogo as pessoas não precisam sair todas pensando igual, o que é fundamental é que elas compreendam os próprios pensamentos e da mesma forma compreendam e acolham os pensamentos dos outros. A partir daí, podem se estabelecer formas de estar junto, formas de cooperação em que todos contribuam sem se sentirem obrigados a mudar de opinião. Aquele que desejar ampliar e flexibilizar a sua forma de pensar é livre para fazê-lo, mas aquele que não se sentir impelido a mudar ou assimilar novas formas deve ser respeitado em seu direito de ser aquilo que é, de acreditar naquilo que quiser. Em se tratando de religiões isto é muito importante, pessoas de diferentes tradições religiosas acreditam, ritualizam, enfim, vivenciam religião de maneiras diferenciadas. 
-Como podem estas pessoas conversar, dialogar de maneira a construir a possibilidade de um mundo pacífico? 
-O que significa para você construir a paz? 
O que você pensa sobre isto? 
-Escreva seu pensamento e compartilhe-o com os colegas.
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Certas pessoas se sentem donas absolutas da verdade, por isso, tentam de todos os modos mudar o pensamento dos outros. Foi o que aconteceu com os portugueses que trouxeram para o Brasil a sua religião e obrigavam os índios e negros a deixarem suas crenças. Com este comportamento, aconteceu e ainda acontece, uma grande desvalorização do outro. O desrespeito pela liberdade individual deixa marcas profundas de amargura nos povos dominados. Isto acontece com todos nós quando não somos ouvidos e respeitados em nossa forma de viver. Se formos obrigados a mudar, a adotar um estilo de vida que não nos agrada, sentimos profunda revolta e tentamos resistir. O mundo não precisa de mais católicos, mais budistas, mais espíritas, evangélicos, umbandistas, etc. O mundo precisa sim, de católicos, evangélicos, budistas, espíritas... Que vivam de fato as suas crenças religiosas, e que possam compartilhar este mundo com pessoas de outros credos, respeitando-se profundamente e trabalhando juntas para o bem estar de todos. Outras questões para você refletir e depois registrar nas linhas abaixo a sua opinião: 
-Seus amigos são diferentes de você? 
-Seguem religiões ou igrejas diferentes, gostam de coisas diferentes? 
-Eles respeitam a sua maneira de ser? 
-Você gosta deles, do jeito como eles são?
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-Você está aberto para dialogar com os outros? 
-Está em harmonia com seu estudo, sua família, seu corpo, seus colegas? 
-Por quê?
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sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

QUINZE MINUTOS DE AULA SOBRE O HINDUÍSMO






DISCIPLINA: CIÊNCIAS DAS RELIGIÕES E ENSINO RELIGIOSO
Professor: Dr. Lusival Antonio Barcellos

Equipe:
Ana Cristina de Almeida Cavalcante Bastos;
Francisca Rocha Furtado Gomes;
Marlene Cahu;
Maria José Torres Holmes.


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EQUIPE DE TRABALHO

Roteiro de Trabalho Pedagógico
1-Apresentação do tema: A Cultura Hindu
Dinâmica Inicial (Mantra)

MANTRA:
HARE KRISHNA HARE RAMA

Hare Rāma Hare Rāma
Rāma Rāma Hare Hare
Hare Kṛiṣhṇa Hare Kṛiṣhṇa
Kṛiṣhṇa Kṛiṣhṇa Hare Hare


TRADUÇÃO

Dá-me a Vontade Divina, Dá-me a Vontade Divina,
Vontade Divina, Vontade Divina, Dá-me, Dá-me.
Dá-me Alegria, Dá-me Alegria,
Alegria, Alegria, Dá-me, Dá-me. ”


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UMA SIMULAÇÃO DO ALTAR DE OFERENDAS DOS HINDUS

2-Introdução:
Nessa pesquisa sobre “O Hinduísmo Transversalizando os cinco eixos temáticos do ER, é necessário que se possa aprender quais são estes eixos, ou seja: Culturas e Tradições Religiosas; Textos Sagrados Orais e escritos; Teologias; Ritos e Ethos. A pesquisa inclui um estudo a respeito de seus ensinamentos, envolvendo a percepção de sacralidade, através de sua verdade, seus escritos, símbolos, rituais e valores, bem como a construção do conhecimento científico. Este trabalho tem como objetivo:Estudar o fenômeno religioso como a busca de suas manifestações religiosas que se traduz em aprender o significado último por atitudes e costumes característicos, nos quais se pode observar tanto o acontecimento religioso, quanto a sua significação religiosa, no sentido de desenvolver junto aos discentes, o estudo desta ou de outras culturas religiosas.

3-Tradição Cultural Religiosa Hindu:

O hinduísmo é um complexo conjunto de doutrinas e práticas religiosas. Suas Escrituras Sagradas surgiram na Índia 4.000 anos atrás. É considerada a mais antiga religião do mundo. Seus ancestrais eram conhecidos, como ãryas, que significa ariano ou indo-ariano. Em Sãnscrito a palavra hinduísmo, escreve-se “Sanãtana Dharma”, que significa a “Lei Permanente”. Neste contexto Dharma significa “religião”. Essa língua pertence à família indo-européia que era o seu idioma. A tradição Hindu é mais do que uma simples religião, ou deveres religiosos. Era conhecida ainda como “Mãnava Dharma que significa a religião do homem”. Por isso, entendia-se ser uma religião aplicável a toda humanidade. Mais tarde recebeu o nome de hinduísmo, porque fazia fronteira com a Índia Antiga.
Não teve nenhum fundador. Isso gera sempre questionamentos: como pode uma religião não ter fundador? Suas verdades se fundamentam entre os antigos sábios da Índia.
O deus principal é Brahman que se apresenta de várias formas que se chamam deuses, mas na verdade são aspectos, reflexos ou expressões do próprio Brahman, o “Deus Supremo”. Para os hindus, tudo que existe no mundo e todos os seres vivos também são reflexos de Brahman, criador do universo; Vishnu é o preservador e Shiva é o deus destruidor do universo, pois segundo os hindus sem esta destruição, não poderá haver recomeço.

Os Textos Sagrados: Seus primeiros textos, o Livro dos Vedas, 1.500 a. C. Para eles os Vedas vêm de Deus. Estão divididos em quatro partes: Rig-Veda; Sãma-Veda; Yajur-Veda; Atharva-Veda. Existem outros em que destacamos: Bhagavad-Gita. (Canção Celestial ou a Canção de Deus), é parte do Sexto Livro de Mahabharata.

Os Ritos: Eles não constroem igrejas e sim templos para adorar os deuses, oferecem flores e frutas ou presentes para agradar a seu deus favorito. Ficam descalços em sinal de respeito. Deixam suas oferendas na frente, como as estátuas ou figuras de seu deus. Fazem suas orações e ao término recebem a bênção de homens sagrados do templo. Costumam terem seus pequenos altares em casa.
Acendem velas e vivem meditando. Entre seus festivais destacamos o Festival das Nove Noites para a Deusa Durga. O festival do deus Shiva em março e o Festival de Krishna em agosto. A vaca é sagrada adoram-na como a “Mãe Divina”. A morte para eles é apenas um estágio e a passagem de uma vida para outra. Suas peregrinações, são os rios, entre esses destacamos o Ganges. Existem tantos outros ritos e rituais.

A Teologia: Se fundamenta no culto aos Avatares da divindade Suprema Brahman. Destacando-se “a Trimurti”- Uma trindade constituída por Brahman, Shiva e Vishnu. A descrição das representações do Transcendente nas tradições religiosas; suas verdades de fé; o conjunto de mitos, crenças e doutrinas, que orienta a vida do fiel em cada tradição religiosa.
O Ethos: É a forma interior da moral humana, em que se realiza o próprio sentido do ser. É formado na sua percepção interior dos valores, de que nasce o dever como expressão da consciência e como resposta do próprio “EU” pessoal. Os vários caminhos percorridos pelos hinduístas, estão fundamentados na importância da vida moral ensinada por todos os verdadeiros gurus.


4-Conclusão:

Diante do que vimos, percebe-se que seguindo esse roteiro para cada tradição religiosa que apresenta o seu conjunto de normas e valores, e tem um sentido próprio de explicar o motivo da existência das coisas, o significado da vida, a maneira religiosa como cada povo vive e dá as suas respostas a estes questionamentos. Cada forma de afirmar o seu sagrado faz conhecer aos seres humanos, seus mistérios e sua vontade, e isso é o que dá origem a essas tradições religiosas. Esse se chama “fenômeno religioso.”


5-Referências:

POSSEBON, Fabrício (Org). Os Mitos e suas Abordagens. Holmes, Maria José Torres. Uma abordagem da cultura hinduísta Transversalizando o ensino religioso- 2008- UFPB







OS QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO - CELSO ANTUNES



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segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO



Dinâmica: Reflexão e Ação:



A)- O que é planejar?
B)- Qual a importância do Planejamento?
C)- Por que planejar?

Assistir a um pequeno vídeo sobre planejamento. 

Agora tentem responder essas questões.



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Bom planejamento professor


A escola não transforma a realidade, mas pode ajudar a formar os sujeitos capazes de fazer a transformação, da sociedade, do mundo, de si mesmos...
                                                                   (Paulo Freire)



                            
                                                              

PRECE INDÍGENA



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Grande Espírito, acalma meu passo.
Desacelera as batidas do meu coração, acalmando minha mente.
Diminui meu ritmo apressado com a visão da eternidade do tempo.
Em meio às confusões do dia-a-dia, dá-me a tranquilidade das montanhas.
Retira a tensão dos meus músculos e nervos com a música suave dos rios de águas constantes que vivem em minhas lembranças.
Ajuda-me a conhecer o poder mágico e reparador do sono.
Ajuda-me a me preparar bem para o repouso de todas as noites, lembrando-me sempre que enquanto dorme meu corpo, eu, espírito, adentrarei o verdadeiro mundo e irei aos lugares que a minha mente elegeu como meu tesouro.
Ensina-me a arte de tirar pequenas férias: reduzir o meu ritmo para contemplar uma flor, papear com um amigo, afagar uma criança, ler um poema, ouvir uma música preferida.
Ensina-me a ter olhos de ver a beleza do céu azul, um raio de sol, a chuva da tarde, o cair da noite, com seu manto aveludado bordado de estrelas.
Acalma meu passo, Grande Espírito, para que eu possa perceber no meio do incessante labor cotidiano dos ruídos, lutas, alegrias, cansaços ou desalentos, a tua presença constante no meu coração.
Acalma meu passo, Grande Espírito, para que eu possa entoar o cântico da esperança, sorrir para o meu próximo e calar-me para escutar a tua voz.
Acalma meu passo, Grande Espírito, e inspira-me a enterrar minhas raízes no solo dos valores duradouros da vida, para que eu possa crescer até às estrelas do meu destino maior.
Obrigado, Grande Espírito, pelo dia de hoje, pela família que me deste, pelo meu trabalho e, sobretudo, pela tua presença em minha vida.
Tudo isto te peço, Grande Espírito, pois se estás comigo, em nenhum lugar me sentirei triste, porque, apesar da tragédia diária, tu enches de alegria o universo.
Se estás comigo, não tenho medo de nada, nem de ninguém, porque nada posso perder e todas as forças do cosmos são impotentes para tirar-me o que me pertence, na qualidade de filho do Grande Espírito: o teu amor.
Se estás comigo, tudo executarei em teu nome.
Enfim, em nenhum lugar me sentirei estranho, deslocado, porque estás em todas as regiões, na mais suave de todas as paisagens, no limite indeciso de todos os horizontes…
Também as bênçãos do Grande Espírito se espelham sobre todas as criaturas, porém, para que as possamos sentir, dulcificando-nos as vidas, é preciso que nos unamos, em sintonia feliz, a essas faixas de luz.
E esta sintonia se chama ORAÇÃO!

https://espacodosol.com.br/2015/07/02/prece-indigena-ao-grande-espirito/


domingo, 19 de janeiro de 2020

POVOS INDÍGENAS: OS XUKURUS





Aulas de Campo:
Relatos de Experiências, vivenciados nas aulas da Disciplina de Ciências das Religiões e Ensino Religioso do Programa de Pós-Graduação em Ciências das Religiões - PPGCR
Universidade Federal da Paraíba - UFPB.
Dias 17; 18; 19 e 20 de maio de 2019
Congresso dos Povos XUKURUS

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Imagem - Profª. Jenise Rangel. Cidade de Pesqueira- PE ,
Local onde ocorreu o evento do povo XUKURU -maio de 2019
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Uma das lindas indígenas 
Nesse momento não foram apenas quatro horas aulas, mas, sim 32 horas aulas que aconteceram na cidade de Pesqueira em Pernambuco, onde formos direto para a “Aldeia Xukuru” um lugar muito bonito e aprazível no alto de uma serra com várias ladeiras imensas, numa estrada de barro ou de massapê lisa. Foi um encontro muito bem organizado e estruturado para mais ou menos duas mil (2.000) pessoas.
Chegando lá nos deparamos com uma multidão de pessoas de várias regiões do Brasil, entre estes, além dos indígenas havia ainda, pesquisadores, jornalistas e repórteres estudantes, professores e lideranças partidária / sindicalista, religiosas e mais a população de Pesqueira prestigiando o evento do “Povo Forte Xukuru”.
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No 1° dia: 17/ 05 houve uma reflexiva abertura e boas vindas aos participantes e a fala de algumas lideranças, prometendo ser um ato público indígena, mas, muito organizado com toda infra-estrutura para receber os convidados. Aconteceram num mesmo espaço, um lindo barracão de palha, uma espécie de auditório indígena que abrigou a todos que estavam presentes. Foram momentos ímpares de aprendizagem, pois tivemos aula com essas pessoas que pertencem à rica cultura indígena. Basta falar que fica difícil de qualificar suas lutas e perseveranças em seus objetivos. Percebi que estes são exemplos de vida para nós professores de Ensino Religioso. Pois enquanto nós, lutadores professores desistimos no meio do caminho... Esse povo corre e, vai atrás daquilo que lhes tiraram um dia, que são suas terras e seu povo.
No 2° dia: 18/05 antes de iniciar as falas das lideranças... Eles promoveram uma ritualística sincrética através de uma forte espiritualidade e religiosidade. Um momento de rituais de orações invocando Deus, Jesus, Maria e o Espírito Santo. Rezando o Credo, Pai Nosso, Ave Maria com Cânticos exaltando tudo em nome de Deus (Olorum), um sincretismo religioso de Pajelança, excluindo todo o mal, saudando nesse momento as divindades indígenas através dos seus “Encantados” e os “Seres de Luz”. Encerrando esse momento sublime com cânticos, os seus louvores a Deus segundo eles. Em alguns momentos, alguém falava do Deus TUPÃ com muita intensidade e sabedoria.
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Esse dia foi muito intenso, pois tivemos diversas explanações, sobretudo que lhes estavam incomodando, principalmente os assassinatos indígenas de seus entes queridos em que deixavam transparecer suas indignações. Entre essas pessoas, estavam as lideranças indígenas, sindicalistas, professores pesquisadores e estudantes indígenas. No meio destes profissionais situavam-se também os outros indígenas que demonstraram em suas falas, as suas reivindicações, metas e objetivos. E assim foi esse dia, porém com muito dinamismo.


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No 3° dia: 19/05, esse dia ficará marcado em nossa memória, pois foi o dia que amanheceu chovendo, nos preparamos para irmos pela manhã. Entretanto, nos disseram que carro nenhum estava subindo ou descendo por conta da chuva a ladeira de massapê deslizava muito. Por isso ficamos tristes... Vindas de tão distante e perdermos as ricas palestras! Pois éramos 5 professor/es pesquisador/es (Jenise, Joelma, Surama e Eu Maria José, além do pesquisador nato, o Mestre Falcão)  e não queríamos perder nada sobre esses depoimentos e foi quando este último foi falar com o motorista para nos conduzir mais tarde. E assim aconteceu. Quando chegou a certa altura, havia uma fila imensa de carros e ônibus que não conseguiam subir, foi quando as meninas decidiram descer e subir a pé uma segurando na outra.


A imagem pode conter: 2 pessoas, incluindo Joelma Lucena, pessoas sorrindo, atividades ao ar livreA imagem pode conter: 3 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé, montanha, céu, atividades ao ar livre e natureza


Entretanto, eu não consegui descer do carro, pois tudo deslizava, e com isso não arrisquei, tendo em vista as minhas limitações. Contudo foi um momento muito rico para nós, com todas as dificuldades, seguimos avante, para não perdermos as famosas palestras tão significativa para nós. O que mais me chamou a atenção é de saber o quanto esse povo é organizado! Como eu gostaria que nós educadores nos comportássemos assim, com essa garra e energia! Enquanto uns lutam até o fim, alguns se acomodam e outros desistem no caminho, por conta da falta de atenção dos gestores públicos.

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No quarto dia: 20 /05 encerramento com um ato inter-religioso Cristão X Indígena, além de ato político para traçar as diretrizes de reivindicações para o “Povo Xukuru”. O que mais me chamou a atenção foi à organização, o compartilhamento das refeições, o respeito por todas as lideranças o poder das mulheres na organização, no falar nas determinações que foram pontuadas, por elas principalmente a sua participação ativamente nesse evento.
 As mulheres indígenas estão ativamente engajadas nessas lutas com a finalidade de resgatarem tudo aquilo ou parte daquilo que lhes foi tirado um dia. Além de serem fortalezas são determinadas e engajadas nessas lutas indígenas. Tudo isso é muito fascinante... Observamos o exemplo da mestranda Sanderline! A nossa grande “Pajé Potiguara”. Eu fiquei curiosa quando soube que ela era Pajé, pois achava que isso nessa cultura, seria uma função ou cargo somente do homem indígena...
Essa experiência que vivenciei nesses dias desse evento deu-me a oportunidade de (re)viver um pouco mais dessa nossa cultura indígena. Temos muito que aprender, pois são pessoas que estão empenhadas na luta, desde os tempos coloniais, além dos seus afazeres domésticos estão lado a lado tentando e buscando resgatar as suas heranças (que é a Mãe Terra) deixadas para eles e elas pelo GRANDE CHEFE O DEUS TUPÃ.


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Esse último dia foi marcado pela “Marcha e o grito de guerra deles misturados com os delas (indígenas)" que descendo a ladeira da serra não pararam, cantando palavras de ordem ritmadas sem se deixar intimidar, por suas fragilidades por serem mulheres, misturados com os homens, (indígenas) lindo de ver essa manifestação indígena, tão digna de nossos ancestrais.


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Para que serviu essa aula?  
Nesse momento dessas discussões percebemos o quanto ele são organizados e sábios, pois além de ser gratificante em saber o quanto essa luta é compartilhada e pacífica entre eles. Por isso que são fortes! Aprendemos muito com as palestras, além de seus discursos colocando em votação as suas reivindicações.
Avaliação e auto-avaliação: Foi de muita sensibilidade em presenciarmos tanta organização que os deixaram transparecer. Foi um evento edificante onde adquirimos muitas lições de vida. Aprendi muito com a cultura indígena revendo os meus valores e pensando na luta dos professores que deveria ser edificada de acordo com esses modelos de luta. Portanto, auto-avalio-me, também me colocando no lugar deles e delas, sentindo-me mais uma nessa luta que não é somente deles e delas, mas, nossa também.

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sábado, 18 de janeiro de 2020

HERDEIROS DO FUTURO


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Obrigada Queridas Professoras pela belíssima ideia de construir este lindo vídeo, relembrando os cuidados que devemos ter com o nosso amado Brasil, bem como com a nossa "Mãe natureza".

Excelente temática para as aulas de Ensino Religioso, pois além da música, vem a nossa natureza, chamando atenção dos cuidados que devemos ter com o meio ambiente...

Professores...embarquem nessa nau e viagem com os educandos na certeza de estarem construindo um mundo de amor e paz...Criem suas atividades e boa aula.

Uma aula para ser aplicada em todos os anos, basta que as atividades sejam de acordo com o ano que os educandos/as estão cursando.

                                                              (Maria José Torres Holmes)





quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

PLANO DE CURSO DA EJA: CICLO IV



DISCIPLINA: Ensino Religioso
PROFESSOR (A):
CICLO IV = (8º e 9º Anos)
OBJETIVO GERAL: Desenvolver habilidades específicas com relação ao fenômeno religioso na diversidade cultural religiosa, à vida além da morte, valorizando as normas e o respeito pelas diferenças, como um princípio de alteridade.

OBJETIVOS
CONTEÚDOS
ATIVIDADES
AVALIAÇÃO

1-Compreender que a espiritualidade é uma das necessidades básicas na vida do ser humano e na sua relação com o outro.
-Diferenciar no cotidiano os diferentes modos de espiritualidades.
- Reconhecer que na diversidade cultural local e regional, existem as mais diversas formas de concepção do sagrado.
- Perceber a existência de linguagens religiosas a respeito do Transcendente na cultura local e regional de acordo com as manifestações culturais religiosas


2-Reconhecer a existência das normas de valores e costumes no âmbito de cada tradição cultural religiosa existente em nossa cidade, Estado e País.
- Analisar os valores que promovem a cultura de paz no contexto escolar, estabelecendo o emprego desses valores no ambiente externo da escola.
- Entender que o exercício do diálogo nas diversas sociedades culturais religiosas, são manifestações de resolver conflitos nas tomadas de decisões coletivas,
- Respeitar os valores normativos da diversidade cultural religiosa como um princípio de alteridade
-Exercitar e acolher ações de discriminações de todas as formas preconceituosas na nossa sociedade.

3-Favorecer uma melhor compreensão entre os educandos a respeito dos símbolos religiosos como uma forma de se relacionar com o Transcendente.

-Conhecer o significado dos símbolos religiosos para cada cultura religiosa.

-Diferenciar a relação de cada tradição religiosa na comunicação com o Sagrado, através de rituais.

-Estimular a compreensão da vida além morte de acordo com cada tradição religiosa.


4-Valorizar os limites éticos das manifestações religiosas de acordo com cada tradição cultural.
-Vivenciar os valores de cidadania, respeitando cada costume e contextos diversos.
-Identificar e reconhecer os princípios éticos de cada tradição com norteadores da vida.
-Compreender e exercitar formas de atitudes que contribuam sem discriminações, para uma cultura de paz.
-Respeitar os princípios de equidade no cumprimento das normas das tradições religiosas e seus limites.
 1-Espiritualidades pelas diferentes tradições religiosas 

A espiritualidade como um dos elementos fundamentais das tradições religiosas.

A compreensão de que existem diversas espiritualidades.
Os diferentes modos de conceber o sagrado.

A diversidade de linguagens religiosas que tratam do Transcendente na diversidade cultural local e regional.








2-Valores: conhecimento do conjunto de normas de cada tradição religiosa.

Os valores que promovem a coexistência pacífica.

O emprego do diálogo como forma de esclarecer conflitos e tomadas de decisões coletivas.

Os valores éticos propostos pelas várias tradições religiosas.

As atitudes de combate ao preconceito contra: etnias, gênero, idade, religião e outros.



















3- Entender os símbolos religiosos como meios de relação com o Transcendente.


Os símbolos religiosos são significativos para as tradições religiosas.


Diferenças dos símbolos na comunicação com o Sagrado.
A comunicação com o Transcendente através dos rituais
A Vida além morte: Ressurreição; Reencarnação; Ancestralidade e o Nada.






4 Fundamentação dos limites éticos propostos pelas várias tradições religiosas.

A vivência dos valores da cidadania em diferentes contextos
Identificação dos princípios éticos norteadores da vida.

Sistematização de atitudes de combate ao preconceito contra: etnias, gênero, idade, religião e outros.

O princípio da equidade ao cumprimento das normas e regras estabelecidas.
Pesquisas em livros revistas e jornais  sobre as diversas;
Expressões de espiritualidades;

Pesquisas no laboratório de informática sobre as verdades presentes na vida do povo;

Elaboração de quadro ilustrativo e/ou painel sobre as expressões de verdades: na ciência, na religião e na expressão popular, dos limites humanos:

Doença, morte, insegurança, medo, pequenez (ignorância e violência) e injustiça (calúnia, mentira, exploração, miséria, falsidade, opressão);

Coleta de idéias religiosas presentes em poemas, expressões populares ou ditos veiculados por meios de comunicação;

Pesquisas sobre os líderes religiosos da história antiga e da atualidade, sobre:
     O Sagrado. 

 Superação de limites;
Os Escritos 
Sagrados; 

A Capacidade de Dialogar com Deus;

Rituais das diversas culturas religiosas;

Produção textual;

Promoção de danças;

Dramatização;

Leituras diversas;

Pesquisas sobre a religiosidade na TV;

Reflexões que permitem perceber atitudes de reverência ao fenômeno religioso do outro e saber lidar com as diferenças;

Convidar pessoas de outras tradições para falar sobre a sua religião;

Análise e interpretação dos textos sagrados;

Excursões; Vídeos diversos sobre o tema em estudo;

Rodas de diálogo;

Construção de: murais, jornais, maquetes;
 redação, produção de textos, teatro, jogral, coral, etc.
Visitas aos templos sagrados;
Entrevistas com líderes religiosos;

Conversas sobre os símbolos religiosos  de cada tradição e a sua relação com o Transcendente;

Coletar expressões utilizadas nos velórios, enterros ou situações de morte, analisando a visão de vida além-morte.

O que elas transmitem;
Como as religiões vêem a morte;

Observar a religiosidade e mudanças históricas e culturais;

Visitas ao cemitério para observar os escritos religiosos ou não religiosos nas lápides.

Trabalhos diversos com vídeos sobre as culturas religiosas a respeito da vida além morte.

Construção de murais estabelecendo um código de ética sobre as mais diversas religiões.

Trabalhos individual;

Trabalhos em grupos;

Frequência;

Assiduidade:

Responsabilidade;

Compromisso;

Adoção de atitudes positivas frente a um desagravo ou frustração.

Respeito às diferenças;
Às idéias do outro.

Manifestação de
 opiniões/sentimentos;

Cooperação com os colegas e o professor.

A boa convivência na sala de aula.

Rodas de diálogo;

Desenvolvimento de ações de solidariedade;

Organização com seus pertences;

O cuidado com o patrimônio público, etc.

Atitudes de valorização do outro;

Confraternização de encerramento.

REFERÊNCIAS
CARNIATO, Maria Inês. Coleção Ensino Religioso Fundamental, 1º ao 9º Ano. Edição revisada e ampliada. SP: Paulinas. 2010.
FÓRUM NACIONAL PERMANENTE DE ENSINO RELIGIOSO: Ensino religioso capacitação para o novo milênio. KIT de Cadernos com 12 módulos, 2000.
 ______. Ensino Religioso: referencial curricular para a proposta pedagógica da escola. Conforme artigo 33 LDBEN – PCNER Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental. 2000.
______. Parâmetros curriculares nacionais do ensino religioso. 6 ed. São Paulo: Editora Ave Maria 2002.
OFICINAS DE PLANOS DE CURSO. Realizadas com os professores de ER. Paulinas- João Pessoa-PB, 2014.
Pesquisas internet.
MUNDO JOVEM. Dinâmicas e textos diversos

Textos Diversos