A riqueza da diversidade é um desafio para os estudiosos das religiões,
pela complexidade existente entre as religiões. Compreender o significado de
todo esse mistério que está atrelado à natureza, a qual faz parte do
conhecimento humano que é finito, desperta nos estudiosos um interesse em se
aprofundar para descobrir algo mais dessa dimensão infinita. Atualmente com o
processo de globalização, que provoca no mundo uma interdependência, onde as
diversas culturas religiosas se intensificam e com isso surge a necessidade de
manter um diálogo entre essas culturas religiosas, que precisam se unir para
uma possível construção de uma cidadania planetária.
O Brasil é considerado
um País da diversidade em todos os sentidos uma riqueza cultural que vai de Norte
a Sul, de leste a oeste, uma herança deixada desde a época da colonização pela
mistura da raça branca, indígena e negra. Dessa miscigenação resultou a grande
riqueza da cultura brasileira através da diversidade, quer seja dos costumes tradicionais
regionais, fazendo a diferença entre o povo brasileiro envolvendo os aspetos
sociais, culturais e religiosos.
Atualmente o respeito à diversidade
constitui-se como um fator de desenvolvimento pessoal e social, bem como um
caminho para a sustentabilidade ambiental do Planeta. Nessa diversidade
inclui-se o ser humano como um ser que precisa ser respeitado pelas suas
diferenças, tais como racial, social cultural e religiosa. Segundo Declaração Universal dos Direitos Humanos no
Artigo XVIII afirma:
Toda pessoa tem o
direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.
Existe
uma bandeira de luta pelo direito à diferença, o que vem despertar nas pessoas,
reivindicações pela igualdade, liberdade e fraternidade. Podemos respeitar a posição de cada religião. A paz no mundo só se construirá quando houver esse
entendimento entre as pessoas e as tradições religiosas. Daí a importância do Ensino Religioso nas
escolas. Que tem como um dos objetivos, promover o diálogo com a diversidade.
Com tanta indiferença e desrespeito a outras religiões principalmente em relação às religiões africanas é que no dia 21 de janeiro de 2007, foi instituído “O Dia Nacional de Combate a Intolerância Religiosa”, oficializado pela Lei nº 11.635/ 2007. A data homenageia a sacerdotisa Gildásia dos Santos e Santos, a Mãe Gilda. Ialorixá do terreiro Axé Abassá de Ogum, em Salvador, Mãe Gilda morreu de enfarte, após ver sua foto publicada no jornal de uma igreja evangélica, acompanhada de texto depreciativo. Semanas antes, o terreiro de Mãe Gilda fora invadido por evangélicos.
Como podemos falar em nome de Deus, Javé, Eloim, Allah, Braman, Olorum, Oxalá, Tupã, Mawu, Zambi, Jahbulon, Akazarus, entre tantos nomes nas diversas religiões, quando desrespeitamos a religião do outro!
A falta de crença também não deve constituir motivo para discriminação
ou ódio. Não se deve ofender ou discriminar ateus ou não-religiosos. Um crime causado por tal motivo
representa uma séria agressão às liberdades de expressão e opinião e, assim
sendo, deve ser denunciado da mesma maneira que todo crime de ódio.
O Artigo 5º da Constituição da república Federativa do Brasil de 1988, afirma que: Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, com destaque no:
Inciso VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
proteção aos locais de culto e a suas liturgias.
Aí fica a nossa reflexão.
Cada um respeitando o Sagrado do outro.
(Diversos sites da
Internet).
pt.wikipedia.org/wiki/Nomes_de_Deus
Excelente texto. Parabéns!
ResponderExcluirGratidão amiga!
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