Com a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889, o Brasil se libertava de um regime monárquico para viver um regime republicano. No dia 18 de novembro, D.Pedro II e a família imperial partiam rumo à Europa. Tinha início a República Brasileira com o Marechal Deodoro da Fonseca assumindo provisoriamente o posto de presidente do Brasil. A partir de então, o pais seria governado por um presidente escolhido pelo povo através das eleições. Foi um grande avanço rumo a consolidação da democracia no Brasil. Foram 67 anos em que o regime monárquico imperava.
Várias foram as causas que contribuíram para essas
mudanças:
1- Crise da Monarquia: A crise do sistema monárquico
brasileiro pode ser explicada através de algumas questões: A interferência do Imperador D. Pedro II
nos assuntos religiosos, provocando insatisfação na Igreja Católica; A
corrupção na corte provocando duras críticas feitas pelo Exército Brasileiro.Os
militares estavam descontentes com a proibição, imposta pela Monarquia, pela
qual os oficiais do Exército não podiam se manifestar na imprensa sem uma
prévia autorização do Ministro da Guerra; A classe média (funcionário
públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas,
comerciantes) estava crescendo nos grandes centros urbanos e desejava mais
liberdade e maior participação nos assuntos políticos do país. O
apoio dos republicanos pelo fim do Império.
2- A Crise Econômica: Agravou-se em
função das elevadas despesas financeiras geradas pela Guerra da Tríplice
Aliança, cobertas por capitais externos. Os empréstimos brasileiros
elevaram-se, causando uma grande inflação à Monarquia. A falta de
apoio dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do Oeste
Paulista, que desejavam obter maior poder político, já que tinham grande poder
econômico; As medidas adotadas pelo Império para a gradual
extinção do regime escravista, devido à repercussão da experiência mal sucedida
nos Estados
Unidos de libertação geral dos escravos terem levado aquele país à guerra civil.
Essas elites reivindicavam do Estado indenizações proporcionais ao preço total
de pagamento pelos escravos a serem libertados por lei. Estas indenizações
seriam pagas com empréstimo externo; A decretação da Lei Áurea
(1888), e ao deixar de indenizar esses grandes proprietários rurais, o império
perdeu o seu último pilar de sustentação.
4- A Crise Religiosa: O conflito
ocorrido no Brasil
na década de 1870 iniciado como um enfrentamento
entre a Igreja Católica e a maçonaria,
acabou se tornando uma grave questão de Estado. Suas
causas podem ser traçadas desde muito tempo antes, fundadas em divergências
irreconciliáveis entre o catolicismo ultramontano,
o liberalismo
e o regime do padroado.
A questão evoluiu centrada na atuação de dois bispos, Dom Vital
e Dom Macedo Costa, ardentes defensores do
catolicismo ultramontano. Baseando-se em ordenações papais não aprovadas pelo
Império, ao interditarem irmandades sob sua jurisdição, por manterem elas em seu seio
membros maçons, e negando-se a levantar os interditos após ordem expressa do
governo, já que tais associações eram regidas também pelo poder secular,
julgou-se que feriram a Constituição do Império e incorreram em
culpa de desobediência civil, sendo presos e condenados a trabalhos forçados.
www. wikipédia.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário