Foi
no ano de 998 que o dia de finados começou a ser comemorado nos
mosteiros beneditinos, na França, e se tornou oficial no ano de 1915.
É o dia da celebração da vida
eterna das pessoas queridas que já faleceram. É o Dia
do Amor, porque amar é sentir que o outro não morrerá. É
uma celebração da vida eterna que não vai terminar nunca. Pois,
a vida cristã é viver em comunhão íntima
com Deus, agora e para sempre.
Desde
o século 1º, os cristãos católicos rezam pelos falecidos; costumavam
visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar
pelos que morreram sem martírio. No
século 4º, já encontramos a Memória dos Mortos
na celebração da missa. Desde o século 5º,
a Igreja dedica um dia por ano para rezar por todos os mortos, pelos
quais ninguém rezava e dos quais ninguém se lembrava.
Desde o século XI, os Papas Silvestre II (1009), João XVIII (1009) e Leão IX (1015) obrigavam a comunidade a dedicar um dia por ano aos mortos.
Desde o século XIII, esse dia anual por todos os mortos é comemorado no dia 2 de novembro, porque no dia 1º de novembro é a festa de "Todos os Santos".
Desde o século XI, os Papas Silvestre II (1009), João XVIII (1009) e Leão IX (1015) obrigavam a comunidade a dedicar um dia por ano aos mortos.
Desde o século XIII, esse dia anual por todos os mortos é comemorado no dia 2 de novembro, porque no dia 1º de novembro é a festa de "Todos os Santos".
O
Dia de Todos os Santos celebra todos os que morreram em estado de graça
e não foram canonizados.
O
Dia de Todos os Mortos celebra todos os que morreram e não são
lembrados na oração.
O culto aos mortos remonta à Antiguidade Clássica, quando era
celebrado com o cerimonial da vegetação. Hipócrates afirmou que os
espíritos dos defuntos “fazem germinar e crescer as sementes”. Os hindus
comemoram os mortos em plena fase da colheita, como a festa principal
do período. Já na Trácia, o falecimento de um ente era saudado com
alegria, em face da significação da morte como uma libertação
venturosa.
Os primeiros cristãos rezavam pelos falecidos desde o século I. Eles
visitavam os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que
morreram sem martírio. A partir do século XIII, o dia anual por todos os
mortos passou a ser comemorado em 2 de novembro, porque no dia anterior
se realiza a festa de todos os santos, celebrando os que morreram em
estado de graça e não foram canonizados.
Como As diversas Religiões encaram a Morte
Para os Cristãos Católicos: A vida depois da morte está inserida na crença de um Céu, de um Inferno e de um Purgatório. Dependendo de seus atos, a alma se dirige para cada um desses lugares. Crêem na imortalidade e na ressurreição e não na reencarnação da alma. A Bíblia ensina que morreremos só uma vez. E ao morrer, o homem católico é julgado pelos seus atos em vida. Se
ele obtiver o perdão, alcançará o céu, onde a pessoa viverá em comunhão
e participação com todos os outros seres humanos e, também, com Deus.Se for condenado, vai para o inferno. Algumas
almas ganham uma chance para serem purificadas e vão para o purgatório,
que não é um lugar, e sim uma experiência existencial da pessoa. Para os Cristãos Evangélicos: acreditam no julgamento, na condenação (céu ou inferno) e na eternidade da alma. A
diferença é que o morto faz uma grande viagem e a ressurreição só
acontecerá quando Jesus voltar à Terra, na chamada `Ressurreição dos
Justos', ou, então, aqueles que forem condenados terão uma nova chance
de ressurreição no `Julgamento Final'. Os que morrerem sem Cristo como seu Deus também receberão um corpo especial para passar a eternidade no lago de fogo e enxofre.
Os Adventistas também não comemoram, considerando o Dia de Finados
anti-bíblico. Segundo eles, não se deve orar pelos mortos porque a
Bíblia diz que, depois da morte, segue-se o juízo.
Para o islamismo, Alá (Deus) criou o mundo e trará de volta a vida todos os mortos no último dia. As pessoas serão julgadas e uma nova vida começará depois da avaliação divina.Esta vida seria então uma preparação para outra existência, seja no céu ou no inferno.
Quando a pessoa morre, começa o primeiro dia da eternidade.Ao morrer, a alma fica aguardando o dia da ressurreição (juízo final) para ser julgado pelo criador. O inferno está reservado para as almas “desobedientes”, que foram desviadas por Satanás.No Alcorão, Livro Sagrado, ele é descrito como um lugar preto com fogo ardente, onde as pessoas são castigadas permanentemente. Para o paraíso, vão as almas que obedeceram e seguiram a mensagem de Alah e as tradições dos profetas.
Quando a pessoa morre, começa o primeiro dia da eternidade.Ao morrer, a alma fica aguardando o dia da ressurreição (juízo final) para ser julgado pelo criador. O inferno está reservado para as almas “desobedientes”, que foram desviadas por Satanás.No Alcorão, Livro Sagrado, ele é descrito como um lugar preto com fogo ardente, onde as pessoas são castigadas permanentemente. Para o paraíso, vão as almas que obedeceram e seguiram a mensagem de Alah e as tradições dos profetas.
Para os Judeus: O judaísmo crê na sobrevivência da alma, mas não oferece um retrato claro da vida após a morte, e nem mesmo se existe de fato. Para essa religião, a lei permite à pessoa que vai morrer pôr a sua casa em
ordem, abençoar a família, enviar mensagem aos que lhe parecem
importantes e fazer as pazes com Deus.A confissão in extremis é considerada importante elemento na transição para o outro mundo.
No judaísmo, não se comemora a data, já que da vida daqueles que morreram, fica somente a lembrança. Os judeus vão ao cemitério uma vez ao ano, próximo ao ano novo judaico, celebrado em setembro, para depositar pedras nos túmulos, pois, segundo eles, as pedras não murcham como as flores.
No judaísmo, não se comemora a data, já que da vida daqueles que morreram, fica somente a lembrança. Os judeus vão ao cemitério uma vez ao ano, próximo ao ano novo judaico, celebrado em setembro, para depositar pedras nos túmulos, pois, segundo eles, as pedras não murcham como as flores.
Os Espíritas acreditam na Reencarnação, o espírito retorna a vida material, através de um novo corpo humano para prosseguir o processo de evolução. Pela teoria, todos os seres humanos são espíritos reencarnados na Terra para evoluir. A morte seria apenas a passagem da alma do mundo físico para a sua verdadeira vida no mundo espiritual. E mesmo no paraíso, acredita-se que o espírito esteja em constante evolução para o seu aperfeiçoamento moral. bApesar de também não
comemorar o 2 de novembro, os espíritas respeitam a crença. O
Espiritismo ensina que as orações são bálsamos para os desencarnados, em
qualquer dia do ano.
Em algumas religiões orientais, o conceito de reencarnação ganha outro sentido: é a continuação de um processo de purificação. Nas diversas religiões, o homem encara a morte como uma passagem ou viagem de um mundo para outro.
No hinduísmo: a alma se liga a este mundo por meio de pensamentos, palavras e atitudes.Quando o corpo morre ocorre a transmigração.A
alma passa para o corpo de outra pessoa ou para um animal, a depender
das nossas ações, pois a toda ação corresponde uma reação – Lei do
Carma. Enquanto não atingimos a libertação final – chama de moksha -, passamos continuamente por mortes e renascimentos. Este ciclo é denominado Roda de Samsara, da qual só saímos após atingirmos a Iluminação. Os
hindus possuem crenças distintas, mas todas são baseadas na idéia de
que a vida na Terra é parte de um ciclo eterno de nascimentos, mortes e
renascimentos.
O Budismo prega o renascimento ou reencarnação. Após
a morte, o espírito volta em outros corpos, subindo ou descendo na
escala dos seres vivos (homens ou animais), de acordo com a sua própria
conduta. O
ciclo de mortes e renascimentos permanece até que o espírito liberte-se
do carma (ações que deixam marcas e que estabelece uma lei de causas e
efeitos).A
depender do seu carma, a pessoa pode renascer em seis mundos distintos:
reinos celestiais, reinos humanos, reinos animais, espíritos
guerreiros, espíritos insaciáveis e reinos infernais. Estes
determinam a Roda de Samsara, ou seja, o transmigrar incessante de um
mundo a outro, ora feliz e angelical, ora sofrendo terríveis torturas,
brigando e reclamando. Em qualquer um destes estágios as pessoas estão sujeitas a transformações. Quem morre no mundo material, nasce para o mundo espiritual, segundo o
budismo. No Dia de Finados, os budistas voltam à terra natal e reveem
seus familiares e amigos, levando aos túmulos dos antepassados incensos,
frutas e flores. Enterrados com o rosto virado para Meca, os mortos do
povo árabe são perfumados, enrolados em tecido branco e enterrados sem
caixão em cemitério próprio, o Islâmico. Eles são lembrados com orações
no fim do Ramadã (mês sagrado) e no Dia do Sacrifício (fim do período de
peregrinação à Meca).
Nas religiões Afro
Candomblé: Os
cultos afro-brasileiros acreditam que os mistérios da vida e da morte
são regidos por uma Lei Maior, uma força divina que dá o equilíbrio
divino ou eterno. O Candomblé vê o poder de Deus em todas as coisas e, principalmente, na natureza. Morrer é passar para outra dimensão e permanecer junto com os outros espíritos, orixás e guias. Trabalha com a força da natureza existente entre terra (Aìyê) e o céu (Òrun). Nos cultos afros, o assunto de vida após a morte não é bem definido.
Umbanda: Morte
e nascimento são momentos sagrados, que marcam a passagem de um estado a
outro de manifestação espiritual, morremos para um lado e nascemos para
outro lado da vida, o que nos aguarda do outro lado depende de nós
mesmos.explica o universo através de sete linhas, regidas por Orixás. Ao morrer, a pessoa será atraída por estes mundos espirituais. A matéria é apenas um dos caminhos para a evolução do espírito. Sendo assim, a morte é uma etapa do ciclo evolutivo, sendo a reencarnação a base da evolução. O objetivo maior do nascimento e da morte é a harmonização e a evolução consciente do espírito. Após morte, o ser humano leva consigo suas alegrias, sua fé, suas crenças, suas mágoas e suas dores. E
terá que lidar com elas, sempre contanto com o auxílio dos espíritos
mais evoluídos que o recepcionarão no outro lado da vida e o ajudarão na
sua adaptação no mundo espiritual.
A
Umbanda sofre influências de crenças cristãs, espíritas e de cultos
afros e orientais. Como não existe uma unidade ou um “livro sagrado”,
alguns umbandistas admitem o céu e o inferno dos cristãos, enquanto
outros falam apenas em reencarnação e Carma.
Para os Índios: Cada nação indígena possuía suas crenças e rituais religiosos diferenciados.
Porém, todas as tribos acreditavam nas forças da natureza e nos
espíritos dos antepassados. Para estes deuses e espíritos, faziam
rituais, cerimônias e festas. O pajé era o responsável por transmitir
estes conhecimentos aos habitantes da tribo. Algumas tribos colocavam
os corpos dos índios em grandes vasos de cerâmica, onde além do
cadáver ficavam os seus objetos pessoais. Isto demonstra que estas
tribos acreditavam na vida após a morte.
Para os Guaranis: Diante da morte, tem três atitudes:
um grande medo dos falecidos, uma conformidade perante a morte e um profundo
desejo de chegar à Terra sem Males. Esse medo da morte, que ao
mesmo tempo se mistura a um desejo de alcançá-la, pode parecer
contraditório, mas o é, apenas aparente. O medo que tem,
não é da morte, mas do falecido, ou melhor, da alma que
saiu do corpo, a anguêry.
Segundo o Guarani, temos três almas:
a nhe’enguê ou nhe’em, a alma boa, espiritual, que vai
para o Além quando a pessoa morre, não afetando os vivos;
a anguêry, a alma animal, responsável pelas más inclinações
e que fica na terra por um tempo depois da morte, assombrando os vivos;
a avyu-kuê, a sombra, uma cópia imperfeita da pessoa, permanecendo
nos ares e não incomodando ninguém. A doença é
a ausência temporária da nhe’em, da alma boa. A morte
é a saída definitiva dessa alma. O sonho é a saída
nhe’em para esse outro mundo.
Fontes:
Revista Época: 05/08/2004 – Edição nº 325(Transcrito do Grupo Povo de Aruanda)
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