“Se
eu pudesse, daria um globo terrestre a cada criança... Se possível, até um
globo luminoso, na esperança de alargar o máximo a visão infantil de ir
despertando interesse e amor por todos os povos, todas as raças, todas as
línguas, todas as religiões!...” (D. Helder Câmara)
RESUMO:
1-JUSTIFICATIVA
A partir de 1990, por circunstâncias
históricas (crise cultural), surge um novo Ensino Religioso, quando diversos
segmentos da sociedade lutam para
transformá-lo em uma disciplina regular do conjunto curricular, Lei de
Diretrizes e Bases n 9394/ 96. No entanto
os professores ainda descontentes com o artigo 33 da LDB, Lei que provocou grande
confusão, uniram-se e foram às lutas, o que resultou na aprovação da nova Lei
de nº 9475/97, garante que as escolas oportunizem aos alunos o acesso ao
conhecimento religioso, deixando claro que as formas institucionalizadas de
religião são competências das igrejas e crenças religiosas.
A implantação desse Componente Curricular
para o Sistema de Ensino da Rede Municipal da cidade de João Pessoa- PB tem um
grande significado para todas as escolas, considerando os problemas existentes
que dificultam o cotidiano escolar, devido a vários fatores. Diante disto destacamos
dois pontos importantes:
- O cumprimento da Lei de Ensino;
- O Ensino Religioso ser um componente curricular.
Neste sentido o Ensino Religioso oferece uma
grande contribuição para a formação cidadã, respeitando as diversidades das
Tradições Religiosas existentes na Paraíba, no Brasil e no Mundo. É preciso,
portanto prover os educandos de oportunidades de tornarem-se capazes de
entender os momentos específicos das diversas culturas, cujo substrato
religioso colabora no aprofundamento para a autêntica cidadania. Essa
responsabilidade atribuída à escola como conseqüência do Projeto Educativo,
comprometido com a democratização social e cultural, coloca esse Componente
Curricular na função de estabelecer diálogo, possibilitando construir
explicações e referenciais, que escapam do uso ideológico, doutrinal ou
catequético.
2-OBJETIVOS
E METAS
2.1-GERAL
- Formalizar o Ensino Religioso nas escolas públicas do Município de João Pessoa, visando valorizar o pluralismo e a diversidade cultural existente na sociedade brasileira e no mundo, facilitando a compreensão das formas que exprimem a Transcendência na superação da finitude humana que determinam o processo histórico da humanidade.
2.2-ESPECÍFICOS
- Proporcionar o conhecimento dos elementos básicos que compõem o fenômeno religioso, a partir das experiências religiosas percebidas no contexto do educando;
- Subsidiar o educando na formulação do questionamento existencial em profundidade, para dar sua resposta devidamente informada;
- Analisar o papel das tradições religiosas na estruturação e manutenção das diferentes culturas e manifestações sócias - culturais;
- Facilitar a compreensão do significado das afirmações e verdade de fé das tradições religiosas;
- Refletir o sentido da atitude moral, conseqüência do fenômeno religioso e expressão da consciência e da resposta pessoal e comunitária do ser humano;
- Possibilitar esclarecimento sobre o direito à diferença, na construção de estruturas religiosas que têm na liberdade o seu valor inalienável.
2.3-METAS
- Implantação do Ensino Religioso em todas as escolas da Rede Municipal de João Pessoa até o final de 2007
- Capacitação de todos os professores até 2006.
Segundo
os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Religioso (PCNER), os objetivos
são as grandes metas da área do conhecimento, que ao final de uma série,
determinados objetivos tenham sidos alcançados.
Esses objetivos são suficientemente amplos e abrangentes para que possam
conter as especificidades locais.
3-
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O tratamento didático dado a essa área do conhecimento segundo os Parâmetros
Curriculares Nacionais do Ensino Religioso (PCNER) acontece através da: observação, reflexão e
informação.
- OBSERVAÇÃO: tanto aluno quanto professor observa os símbolos e suas matrizes religiosas, histórias de vida, conhecimento prévios, ambas as observações se completam e se enriquecem. O professor age como orientador dessa observação seletiva para trabalhar os conceitos da disciplina.
- REFLEXÃO: acompanha todo o processo, o professor pode encaminhar a reflexão com questionamentos, diálogos, problematizações, que promovam a conscientização, o entendimento e a decodificação do objeto de estudo, o fenômeno religioso. Isto permitirá ao aluno abrir sua visão, desarmar-se de preconceitos, discernir e perceber a unidade na diversidade das tradições religiosas como a defesa da vida, a busca de sentido, a necessidade de Transcendência.
- INFORMAÇÃO: professor ajuda o aluno a se apropriar do conhecimento sistematizado, organizado, elaborado, para que possa passar de uma visão ingênua, empírica, fechada, dogmatizada, desarticulada e muitas vezes incoerente para uma nova visão decodificadora e explicitadora da realidade. Todos esses procedimentos devem necessariamente possibilitar que os alcances dos objetivos sejam atingidos.
4- AÇÕES DO PROJETO:
- Capacitação de professores (ver anexo Curso de Formação Docente);
- Participação em Seminários, Congressos e Fóruns referentes ao Ensino Religioso;
- Promoção de encontros bimestrais, com todos os professores para subsidiar a prática docente e trocar experiências;
- Visitas as escolas com a finalidade de dar mais incentivo à aprendizagem;
- Reuniões com a equipe de especialistas e gestoras das escolas para dar apoio pedagógico necessário aos professores;
- Avaliação juntamente com os docentes como estão desenvolvendo a prática desse componente curricular.
·
5- CARGA HORÁRIA
De acordo com a Lei 9475/97 – LDB e a Grade
Curricular do Município de João Pessoa, o Ensino Religioso é ministrado com 1
hora aula semanal em cada série; sendo do 1º Ano ao 9º ano com um professor
específico capacitado para ministrar essa disciplina. O exercício da
docência será feito em horário normal de sala de aula.
5.1- AVALIAÇÃO
De acordo com os PCNER, a avaliação permeia os objetivos, os conteúdos e a prática didática, portanto é processual e conforme os PCNs possue três etapas:
De acordo com os PCNER, a avaliação permeia os objetivos, os conteúdos e a prática didática, portanto é processual e conforme os PCNs possue três etapas:
- Inicial: é investigativa. No ER é o reconhecimento de grupos culturais religiosos, identificados nas várias crenças dos próprios educandos;
- Formativa: tem como referencial a capacidade de perceber as diferenças das tradições religiosas, surgindo do diálogo, e consequentemente na convergência se dá a construção e a reconstrução do conhecimento do fenômeno religioso;
- Final: consiste na aferição dos resultados de todo o
período de aprendizagem de acordo com os objetivos.
Neste Componente Curricular, observa-se a sociabilidade, postura, compromisso, integração, participação, na expectativa da aprendizagem do educando e de sua transformação em relação às atitudes de reverência para com o Transcendente do outro, de respeito à alteridade e ao direito do outro de ser diferente, o desenvolvimento da capacidade de tolerância assumindo sua identidade pessoal com segurança e liberdade.
6- CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
ATIVIDADES
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2005
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2006
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MESES
|
MESES
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7
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8
|
9
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10
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11
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12
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1
|
2
|
3
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4
|
5
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6
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7
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8
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9
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10
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11
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12
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IMPLEMEN-
TAÇÂO
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APRESENT.
À SEDEC
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ENCONTRO
SECRETÀRIO
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REUNIÃO
GESTORES
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SELEÇAO
PROFESSORES
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CAPACITAÇÂO
PROFESSORES
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PLANEJ.
BIMESTRAL
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REUN. EQUIPE
DA ESCOLA
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CALENDÀRIO
ACOMPAM.
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VISITAS
ESCOLAS
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OFICINAS PEDAGÒGICAS
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AVALIAÇÂO
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7-REFERÊNCIAS
CADERNO TEMÁTICO DO ENSINO RELIGIOSO n°1. Curso
de Capacitação
do Ensino Religioso.
CÂNDIDO, Viviane Cristina. Educação cidadã
e ensino religioso. Revista Diálogo nº 27. p. 38-39. São Paulo: Paulinas, agosto 2002.
CARNIATO, Maria Inês. Coleção: Ensino religioso
fundamental. Pré à 8ª série.
São Paulo: Paulinas, 2001.
CARON, Lurdes (org.) et al. O ensino religioso na nova LDB, Petrópolis RJ:
Editora Vozes, 1998.
FIGUEREDO, Anísia de Paulo. O Ensino
Religioso: Perspectiva, Tendências e Desafios. 2ª edição, Rio de Janeiro:
Vozes, 1994.
FÓRUM NACIONAL PERMANENTE DO ENSINO
RELIGIOSO. Ensino religioso capacitação para o novo milênio. Cadernos:
1, 2, 3,10 e 11
_____.Parâmetros curriculares nacionais do
ensino religioso. 6. Ed. São
Paulo: Editora Ave Maria 1997.
GADOTTI, Moacir. Escola Cidadã: um salto para o futuro (apostilha).
GADOTTI, Moacir. Escola Cidadã: um salto para o futuro (apostilha).
LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da
Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1995.
PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA
DIRETORIA DE GESTÃO CURRICULAR
COORDENAÇÃO
DE ENSINO FUNDAMENTAL II
ENSINO RELIGIOSO
RICARDO VIEIRA COUTINHO
Prefeito
MANOEL ALVES DA SILVA JÚNIOR
Vice-Prefeito
WALTER GALVÃO PEIXOTO DE VASCONCELOS FILHO
Secretário de Educação e cultura
LUCIA GIOVANNA DUARTE DE MELO
Secretária Adjunta de Educação e Cultura
JOSILANE MARIA AIRES DO NASCIMENTO
Diretora de Gestão Curricular
Coordenação
/ Elaboração:
MARIA JOSÉ TORRES HOLMES
Colaboradoras:
LÚCIA ELIZABETH PONCE LEON MELLO
TELMA LÚCIA DE SOUZA FÉLIX
CONCEIÇÃO SILVA
Responsável
Maria
José Torres Holmes
João
Pessoa – 2005
O ensino religioso facilita a cultura e a diversidade, a importância do ensino religioso nas escolas, possibilitando ao professor ,levar seus alunos a refletir sobre temas atuais como: Cultura da Paz, Diálogo, Solidariedade, Defesa da Vida, Bullying, Meio Ambiente etc. N a LDB, o ensino religioso é parte integrante da formação básica do cidadão. Segundo a Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394/96, Artigo 33, redação alterada pela Lei nº 9475/97. “O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.”
ResponderExcluirConforme os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Religioso, “o ensino religioso necessita cultivar a reverência, ressaltando pela alteridade que todos são irmãos. Permitindo que a sociedade se conscientize seus objetivos pelo entendimento mútuo.”podendo cada um ser , construtores de pontes, que conduzam a união, ao diálogo e ao respeito às diferenças.Eu acredito no ensino religioso,sou um educador!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirA Escola não tem pretensão de transmitir crenças ou apenas valores. Mas facilitar conhecimentos e atitudes, no sentido que educa os alunos à “essência ”; ao que transcende,possibilitando-os a perceberem nas religiões, e mesmo fora delas, o que dá sentido à vida e motivando ao compromisso numa construção da nova sociedade; sendo referência para os ideais de vida , a dialogar, criando convicções próprias de respeito aos outros. Assim, a educação deve humanizar ser humano e assim para que ele humanize o seu mundo, produzindo cultura, transformação e construção da história!
ResponderExcluirMeu amigo Pastor Gerson!
ResponderExcluirRevendo o meu Blog que agora é site Blog, foi que li as suas grandes contribuições. Fiquei muito feliz em tê-lo conhecido, Não somente como ser religioso e professor, mas como Ser Humano que és...Aquela pessoa sábia, fraterna e solidária> Obrigada Senhor por este Anjo de Luz que faz parte da minha história!