(Maria José T.Holmes)
Verdade é aquilo que deve ser dito. Retidão é o que deve ser praticado. Paz
é o que deve preencher a mente. Amor é o que deve se expandir dentro de nós. E
não-violência é o que devemos ser plenamente. (SATHYA SAI BABA).
Para se chegar à paz, o caminho é a solidariedade vivida
a partir do sentimento de responsabilidade fraterna, que não exclui ninguém. Vive-se
num tempo de contínuas mudanças, nada é permanente. As coisas logo são
substituídas por outras mais modernas, práticas eficientes e aperfeiçoadas.
Enquanto isso, alguns referenciais tais como:
verdade, normas, valores e conhecimentos que antes organizavam a vida das
pessoas e sociedades e serviam-lhes de parâmetros, hoje são questionados, redimencionados,
redefinidos, resignificados ou até esquecidos.
No meio de tantas mudanças que caracterizam o próprio
desenvolvimento histórico-cultural do ser humano, muitas coisas ainda
permanecem, dentre elas, os valores como: o respeito, a amizade, a liberdade, a
justiça, a verdade, a solidariedade e a paz. Esses valores são referências
universais para a vida dos indivíduos e povos, os quais servem de base para
conter os mais variados tipos de violência. Não
se pode pensar a paz, somente como ausência de guerra ou conflitos, mas, de uma
forma geral, principalmente quando se trata de pessoas. Essa prática deve
envolver toda comunidade escolar e que possa ultrapassar dos muros da escola.
Observa-se nos noticiários da TV que a violência escolar se manifesta no
interior dos estabelecimentos de ensino causando pânico e terror, isto não só
Brasil, mas no exterior.
Atualmente
a violência no interior da escola é uma problemática que requer um olhar
diferenciado para buscar meios que venham minimizá-las e interferir no seu dia
a dia. É preciso que se reflita sobre: Que tipos de violência a escola tem no
seu cotidiano? Quais as violências que estão em volta da escola? Qual o papel
da escola diante dessa prática da violência?
Para
que isso aconteça é necessário um trabalho voltado à construção de uma cultura
de paz, onde todos possam contribuir não só no sentido de amenizar a situação,
mas para se tornar uma prática sistematizada no ambiente escolar a qual, esteja
inserida no Projeto Político Pedagógico da escola, uma vez que a mesma é uma
porta aberta, não só para a cultura da violência, mas para a desconstrução
dessa cultura que tanto aflige a comunidade. A Educação oferece um
espaço para desconstruir os processos de violência no cotidiano escolar, entre
outras coisas destacam-se pequenas
atitudes de comportamento e da boa convivência, que poderão levar a uma cultura de paz.